domingo, 3 de fevereiro de 2013

Conheça os bastidores do 'Encontro com Fátima Bernardes'

saiba como é o dia a dia da apresentadora

O corpo de baile do ‘Encontro com Fátima’

Fátima Bernardes começa a se preparar para o seu “baile” às 6h50m, quando chega ao Projac, em Jacarepaguá, Zona Oeste do Rio. É como se os corredores, entre os camarins e o estúdio G, de onde ela apresenta o programa diariamente, fossem um grande salão de festas. É difícil imaginar que, às 10h40m em ponto, quando o “Encontro” inicia para valer, a equipe — com mais de 180 integrantes! — cumpra sua função sem que a tensão paire no ar. A conduta parece ser o reflexo da postura da líder, que saiu das bancadas para rodopiar entre o dia a dia e as variedades. Com graça e disciplina, Fátima calça as sapatilhas e, aos poucos, monta seu espetáculo de balé.
— Por mim, dançava todos os dias no programa, mas nem sempre tem par — choraminga ela, que é bailarina formada e credita à dança boa parte de sua desenvoltura ao vivo: — A criança esquece a coreografia, a sapatilha de ponta quebra, a chapinha do sapateado sai, e você não pode parar, nem chorar. A lição da dança é autocontrole e improviso.

O que você não vê

Por volta das 9h, o cantor Rick, da dupla Rick e Renner, anda no corredor fazendo exercícios vocais. Na sala de espera está o jornalista Lair Rennó. Após 16 anos de carreira, ele mostra um lado diferente do ex-âncora da Globonews.
— Você não perde a credibilidade porque é feliz — defende ele, que já surpreendeu Fátima ao cantar, ao vivo, “Oceano”, de Djavan, trilha sonora da “patroa” com o marido, o jornalista William Bonner: — Entro sabendo menos e saio sabendo mais. Ouvir Fátima dizer “companheiro de todos os dias”, não tem preço.
Fátima está com 50 anos e, jovial, parece confirmar que estes são mesmo os novos 30:
— Passamos muito tempo fazendo aquilo que precisa ser feito. Chegar aos 50 e ter o privilégio de fazer o que quero, é algo que todos deveriam dar um jeito de realizar.


Desde os 45 anos, Fátima vinha preparando a guinada que pretendia dar na vida.
— No momento em que tomo a decisão, não tenho medo de falhar. Depois, o William reconheceu que estava preparada para mudar, e ainda enfrentar a repercussão — recorda ela, que jura não se abalar com as críticas ou a paranoia em torno da audiência (o programa marca 6 pontos de média):
— Foi difícil as pessoas entenderem que os famosos que vão ao programa podem acabar nem falando do seu trabalho, que são convidados relacionados ao tema. A minha ideia é mostrar esses artistas no seu aspecto de cidadão. Entendo que isso cause uma estranheza.
O formato do “Encontro” vem passando por pequenos acertos, como a integração de temas, antes separados por blocos. O jornalismo entra na pauta, mas não tanto quanto se imaginava, a não ser em casos de grandes notícias, como foi o caso da tragédia de Santa Maria, na semana passada.
— Encaro o ofício como uma missão: você sabe que uma pessoa está gastando o tempo dela ali, diante da TV, então, que ela possa ter o melhor que você pode viabilizar.
Fátima reconhece que vem se soltando aos poucos e lidando melhor com as falhas.
— Teve um programa inteiro com o Kledir, mas na hora da despedida, falei: “Muito obrigada, Kleiton”. Ele disse: “Tudo bem, no meu casamento a pergunta foi: você aceita se casar com Kleiton e Kledir?”. Você tem que estar disposto a correr os riscos. Quero é isso mesmo, escolhi assim!

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